sábado, 4 de setembro de 2010

A rosa e o retrato

Os retratos já não são tão puros...
O quadro na parede entortou-se
É como quando a lua é encoberta pelas nuvens
Não adianta estar lá se nada pode iluminar, e se algo esconde a sua beleza.
Aquilo que era um mar de rosas ganhou contornos de realidade
As rosas ainda até existem, mas seus espinhos adentram a pele dos seus dedos, você já não consegue segurá-las por muito tempo.
Quando você já suportou o máximo, você as solta; mas quando elas batem no chão a parte mais danificada são as lindas pétalas aveludadas.
Quem entende essas coisas?
Tentar pegá-la novamente é tolice, as pétalas já não são iguais, e os espinhos vão continuar te ferindo.
No caso do quadro torto, eu ajeito.
As nuvens que encobrem a lua eu espero passar, mesmo que chova. Porque eu sei que depois de tudo a lua vai brilhar.
O retrato e a rosa? Eu prefiro apenas jogar fora.
Não posso esperar por algo que não vai mudar, tende a murchar, amarelar e rasgar!

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