segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Otimismo

O medo e a inconstância, não fazem de mim um ser superior
A marra e atitudes, me assustam como qualquer outra
As palavras me confundem, o ego me surpreende
Não sou boba como todas, apenas me condiciono a certas situações
Não preciso contar tudo que sinto, apenas deixo meu otimismo ser maior
Acredito e desacredito a toda hora
Sinto as chamas virem junto com o balde de água fria
Tenho tudo como todos:
medo, inconstância,
ânsia, desejo,
vergonha, superego,
marra, incógnitas...
Só que, em algumas, mudam-se as proporções
Acredito porque quero, porque sou assim.
Tenho sorte de ainda decidir por mim
E apenas se eu permitir, eu mudo o que está assim!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Ainda Cedo

Não entendo como isso acontece
Quando vejo, já se tornou inevitável
A mente busca sua imagem
Os braços me pedem seu corpo
E a boca, os seus lábios
Minha razão já me angustia, ao passo que não posso conciliar o que ela diz, ao que me coração me fala.
Na verdade já nem sei se o que me angustia é realmente razão, ou apenas um desejo de controlar o que sinto.
Não sei mais o que sinto
Não sei mais o que penso
Tão pouco o que escrevo
Cada vez mais aleatório é meu dia
Já vejo o sol de madrugada, e a lua ao amanhecer
Saio rindo à toa num mundo cercado pelo caos
Cada vez mais incomodo outros com minha felicidade
Cada vez mais uma batalha é travada em mim
Não tenho mais pra onde correr
Nem em quem acreditar
Até sei o que está acontecendo
Mas ainda é muito cedo pra te amar!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Crime

São tantas as mentiras que me contam, inclusive as tuas juras de amor.
São tantos os que me olham estranhamente, como se tudo o que acontece fosse errado.
Mas se tudo for verdade, ou se apenas me iludo, sem problemas eu assumo você: o maior crime que eu já pude cometer, o beijo mais secreto que um dia dei, o alguém mais estranho a quem eu me entreguei.
Já não me importo se passa das onze, ou se lá fora todos podem comentar. Não me interessa mais quem diz a verdade...
A vaidade se tornou minha juíza, e já que estou julgada, gosto que seja por te ter!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Palavras

Mas ainda assim, se todas as luzes pudessem ser apagadas, ouvir-se-ia muitos "eu te amo", em entregas desesperadas, no medo de ficar sozinho, em juras apaixonadas...
Mas ainda assim, seriam apenas palavras. Tudo se esvairia no vento, logo cedo, na alvorada. Porque ainda temos medo da claridade, medo de mostrar a cara!
Sobraria então alguns corações vazios, e pessoas frustradas.

Será?

Dar uma flor, expressar o amor...
Será? O questionamento é somente esse!
Será que vão conseguir? Será que vão cumprir aquilo que prometerem?
Enquanto isso os pensamentos vão se perdendo
As pessoas vão crescendo e entendendo que não será fácil assim.
Será?
Será que é mais fácil desacreditar?
Enquanto digo isso uma parte ainda busca a esperança de mudança
Fazer um sonho acontecer, nem que seja num breve espaço de tempo
Fazer as coisas com a certeza de que não vai se arrepender
Ou pelo menos não tomar pra si como culpa aquilo que fez sem querer
De nada tenho certeza, de tudo desconfio
Tentar, eu até posso.
Mas por enquanto eu ainda pergunto: Será?

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Até Quando

Então eu brinco e você brinca
Eu nego e você quer
Eu ando ao seu encontro, mas desvio o meu olhar
Danço com você na chuva, e mesmo assim saio seca
Engulo as suas palavras, mas vomito as mentiras de amor
Eu só não sei até quando...
Esse jogo é findável
E é quase certa a chegada da hora
Onde estou séria e você brinca
Você quer e eu aceito
Eu ando ao seu encontro completamente perdida no seu olhar
Danço na chuva, escorrego e caio
Engulo todas as suas palavras, me iludo com suas mentiras
E no fim, eu me apaixono!

Quem Saberá

Um encontro de olhares, dois desejos e uma impossibilidade.
Não havia o que fazer.
Tudo se resumia a palavras que, em algum momento ou outro, tentavam traduzir o que era dito nos olhares. Estes, porém, sem conseguir mentir, às vezes se desviavam pra não incitar o proibido.
Os dias se passando levaram os olhares a se afastar. O proibido se tornou lícito, a vontade adormecida começou a despertar.
Então o toque que não houve acabou lembrado a cada dia, e os lábios afastados se juntaram na imaginação.
O nada ainda não foi concretizado. O nunca não passou a ser nem talvez.
Mas daqui, é só avançar!
Retroceder não posso, então melhor é arriscar.

sábado, 21 de agosto de 2010

Simples

Foi assim que eu imaginei


Uma praia e uma casa simples, comida caseira com peixe pro almoço

Alguém pra me esperar quando eu chegar

Alguém pra me deixar sair, ser livre correndo pro mar

Uma flor no cabelo, um vestido rendado

Ninguém pra ofuscar o brilho do sol refletido nos olhos de quem tanto adoro

A saudade seria apenas dos que não voltam mais

O arrependimento, daquilo que não fiz

E assim eu ia correr pro mar

Saindo pra ser livre

Com uma flor no cabelo e um vertido rendado

Um "chinelo de dedo" e dedos entrelaçados nas mãos de quem tanto adoro

E conforme os dias passam, tudo também vai passar

Então sobram o mar, o sol, a liberdade, o brilho

E meu vestido rendado de cor vermelho Gabriela!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Dúvida

Dúvida, esta é a palavra!

O vai e vem do "sim" é o que me agonia.

Quando ele está, tudo parece certo. Mas quando ele se vai, dá lugar ao temível "não".

Este me alucina, me deixa sem chão!

E quado ele vê que o "sim" está voltando para tomar o seu lugar, joga no meu colo a dúvida.

Dúvida, esta é a definição!

Define meus medos melhor do que ninguem.

Medo que não me deixa agir quando o "sim" já está de volta.

E o "sim", por sua vez, se torna um grande sacana. Me entrega a coragem quando já está de partida.

Daí a coragem se mistura com a dúvida... e não chegam em nada.

Assim o ciclo continua, a agonia se prolonga, e eu vou ficando cada vez mais perto das núvens... mas longe do chão, onde seria seguro eu estar.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Introdução

A vida vai seguindo
O tempo muda sempre
Amores vãos sempre vem
Amores sãos ficam

A vida vai seguindo
Rodando, o mundo não vai parar
Minha inspiração não se entende
Nem adianta tentar

A vida vai seguindo
As rimas vão ficar
E o açúcar dos meus amores
Vem minha água temperar